E agora, o que eu faço? Como eu vou suportar esta dor?
Desde a primeira reflexão deste site, fomos de alguma forma iluminadas pelo Espírito Santo a escrever sobre perdas, dificuldades, sofrimento e cura.
Cremos que os propósitos de Deus não são frustrados, e que o Mestre nunca ficou indiferente diante da dor.
Em algumas passagens bíblicas, logo no inicio do livro sagrado lemos o quão tocante foi a dor de uma mãe ao vê-lo chorar pela falta de água no deserto. Agar colocou seu filho embaixo de uma árvore e chorou, gritou, lamentou a morte previsível do filho de aproximadamente 11 a 13 anos de idade, pela falta de água.
É incrível o relato dessa história bíblica: o menino chora pelo distanciamento "afetivo" da mãe, caracterizado aqui pelo abandono. E a mãe chora pela morte inevitável do filho, sabemos que o ser humano é capaz de viver alguns dias sem alimento, mas a água é de fundamental importância para sua sobrevivência, e se tratando de um deserto, a falta de água para beber é progressivamente o caminho para a morte. (Gênesis 21ss)
Este mês o nosso encontro Terapêutico tratá um novo estudo de caso bíblico para que possamos refletir, trata-se da história de Rispa, uma mulher que viveu nos tempos de Saul e Davi.
Devido a 3 anos de fome naquele lugar, certa vez Davi consultou ao Senhor a falta de alimento na terra e o Senhor lembrou das maldades de Saul, e Rispa que era uma suas concubinas, viu seu filhos sendo arrancados de si para serem enforcados até a morte!
Inimaginável o tamanho da dor dessa mulher!
A maneira como cada pessoa enfrenta a dor, é singular. Vai depender do modo como fora construído seu interior, onde foram calçadas suas bases de sustentação emocional, ou seja, qual a forma de nutrir um "estado" em fragmentação!
É impressionante a maneira como Rispa resolveu amenizar seu próprio sofrimento, a dor irreparável ganha uma forma de reparação, isso mesmo, o que não tinha mais jeito, ela encontra uma maneira de suportar a dor.
E como Rispa suportou a dor de morte dos filhos?
Buscando auxílio no sepultamento dos corpos dos filhos.
E como faria isso?
Rispa utilizou do pano de silicio, ou pano de saco e a cinza para cobrir seu filho. Simbolicamente o pano de saco e cinza para os Judeus pode significar humilhação (Salmos 69.11), tristeza (2 Samuel 3.31). Para Rispa este significado tomou maiores proporções que não fora somente de humilhação e tristeza, mas principalmente de esperança. Isso mesmo os sacos que Rispa utilizara fora a motivação para que pudesse guardar seus filhos para o momento oportuno de seu sepultamento.
Deus ordenou que caísse chuvas do céu, e a providência divina fez crescer alimento para o povo de Israel como também guardou o corpo dos filhos de Rispa da decomposição natural. A conservação parcial dos corpos fora inevitável para que Rispa mantivesse seu sonho vivo a cada dia, a cada manhã, a cada cair da tarde, a cada inicio da noite.
E desse modo, Rispa decidiu amenizar seu sofrimento, encarando sua dor.
O segredo de Rispa? Alternativas...
Precisamos buscar alternativas para o nosso sofrimento, para a nossa dor.
Não fomos feitas para desistir dos nossos sonhos, nem tão pouco viver sem esperanças.
Há esperança em ti?
Deus ouviu o choro de Ismael e providenciou água para ele beber e provou para sua mãe que o deserto não era o fim.
Deus preparou um lugar de sepultamento para os filhos de Rispa, um lugar de honra e privilégios.
Deus tem um lugar preparado para você...
Existe um propósito de Deus para o seu sofrimento. Pense nisso.